Qual seu nome?
Eu não sei...
Por onde eu ando, meus passos são perdidos, como se o mar
lavasse a areia dos meus pés antes que tocasse no chão
Como se o vento levasse minha sombra antes que ela encostasse
no chão
Eu ando perdido, nem sei como colocar o pé na frente do outro
Tudo gira, perdi o caminho, ninguém me olha nos olhos, todos
me ignoram
Não ando por grandes cidades, nem viajo pelo exterior
Vejo todos marcando o futuro, e eu me sinto girando pelo
mesmo caminho que percorri quando tinha dez anos de idade, andando até a
escola, olhando minha casa sumir na distância, sentido o medo do nada que via,
a escola não aparecia, e o caminho não era difícil, minha mãe que dizia
‘não se distraia com os passarinhos, eles comem as migalhas
do chão e você irá perder o caminho’
Hoje, nem os passarinhos cantam mais para mim, eu não vejo
mais as nuvens me seguindo, nem o sol se move.
Como eu faço para voltar para trás, para ir para a escola?
Se eu me perder, não poderei mais colocar meu pijama do
super homem.
Meu pai dizia que aqueles que não encontram a estrada, seguem
as estrelas, mas nas noites que andei, o céu era escuro.
‘você vai morrer se não souber controlar suas pernas, não
pode só as mover tem que ter um destino’
Acho que não consigo fazer isso.
Como era mesmo? Ela já avia olhado para mim?
‘nunca te vi, você existe mesmo, ou é um fantasma?’
Eu não sabia como responder, ela era um ano mais nova que
eu, e naquele dia me perdi no caminho para casa. Papai me encontro sentado na
estrada sozinho em silencio.
Quando cheguei em casa, tinha sopa para comer.
Minha mãe fez um mapa para mim, com pontos específicos para
eu seguir na estrada, e meu pai não disse nada.
Naquela noite, não consegui dormir, eu não estava na cama.
Ainda estava na estrada esperando as estrelas.
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