Prologo
Dia 3 de outubro de
2020, Inglaterra, Liverpool.
São exatas 07:35 dá manhã, e esse caderno estava ao lado da
minha cama embalada em um pacote horrível cor de salmão com desenhos de sol.
Junto dele avia um bilhete escrito pela minha mãe, me
parabenizando pelo dia de hoje e por ser um orgulho na vida dela. Uma vida rasa
e sem graça.
Joguei o bilhete na lixeira e queimei aquele pacote horrível,
o caderno é de uma vermelho bordo, estilo pautado. Tem 100 folhas, um tamanho
de 22x15.
As folhas são lisas, sem linhas.
É um presente interessante para uma criança de agora sete
anos, que normalmente encheria ele de desenhos sem sentido, figuras de pai e mãe,
e tentativas falhas da escritura do próprio nome.
Mas como não está em meus planos corresponder as cotidianas
expectativas, vou usufruir desse material de maneira útil, tendo em mente que
os outros presentes provavelmente serão tão inúteis quanto os parentes que irão
dá-los.
E como terá utilização futura, irei deixar por escrito o nome
do dono desse pertence para que caso ele venha a se perder, possam identificar
com rapidez o proprietário dessa peça.
Me chamo Arthur Henrique Terceiro.
Obtive esse instrumento do dia 3 de outubro de 2020, meu aniversário
de sete anos.
As informações aqui contidas, são de extrema particularidade,
apenas o dono desde caderno tem a permissão para folhear e ler as escrituras
aqui feitas.
Toda e qualquer pessoa que ler sem a permissão de seu proprietário,
será sentenciada a uma punição.
E como hoje é meu aniversário, gostaria de finalizar a
escritura dessa página com um bordão muito condizente a situação:
“Seria necessário que o menino jesus nascesse novamente para
que chegasse a um nível de importância meramente parecido com o meu.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário